Sempre
é bom lembrar que a terceira lei de Newton aplica-se às relações
humanas. Até aí, nenhuma novidade – praticamente todo mundo sabe
que "a toda ação corresponde uma reação" (nem sempre
proporcional e nem sempre em sentido contrário, temperaria eu).
O
que pouca gente sabe é que a tal lei tem continuação: "em
casos de troca de forças é indiferente saber qual corpo realizou a
ação e qual realizou a reação, pois as forças sempre estarão
aos pares, quando existe uma ação sendo realizada sempre haverá
uma reação. Que é o equivalente a dizer que não existe uma ação
sem reação".
E
é isso que, mais propriamente, aplica-se às relações humanas, ou
seja: o ciclo vicioso de ações e reações sendo que nenhuma delas,
em determinado ponto, mais se justifica.
E
como parar esse ciclo? Ótima pergunta. A resposta passa pelo
reconhecimento do orgulho próprio.
Ao
mesmo tempo que não defendo a humildade pura e simples (porque total
falta de orgulho é doentio), prego que todos que têm o orgulho
exacerbado merecem o remédio certo para um certo "ajuste".
O difícil é encontrar alguém, no sentido oposto, que saiba dosá-lo
e bem direcioná-lo.
A
lição vem com o tempo e, normalmente, é bem merecida. Para o bem e
para o mal.
O
problema fica mais interessante quando terceiros são envolvidos como
escudos. Porque lutam uma luta que não são deles e, por
consequência, não poderão entender a intensidade da reação que
sofrem por uma ação que não cometeram.
Os
que se prestam a esse papel –
mesmo sob o pretexto de estarem sendo “diplomáticos” (o que,
normalmente é falso e só serve a interesses próprios) -
merecem. Porque ou são coniventes ou covardes ou ignorantes
(geralmente, um mix de tudo isso).
Para
finalizar, um coquetel de Newton com Sun Tzu:
a reação, para ser
efetiva, deve levar em conta o dano secundário, colateral que,
normalmente, é mais eficaz (e perceptível) que o principal.
Um
exemplo besta do dia a dia: pode-se perder inúmeras batalhas
jurídicas, mas se o custo (o financeiro mesmo) gerado para a parte
contrária para vencer for relevante, terá ela tido uma vitória de
Pirro. Não é demais lembrar que, para aqueles que colocam o
dinheiro e o poder em primeiro lugar, nada como pespegar um
sangramento no bolso. Bom para quem recebe (o inocente útil).
Tudo isso pode soar amargo; mas não é. Na selva, ou se é a mão ou, o peão.
Tudo isso pode soar amargo; mas não é. Na selva, ou se é a mão ou, o peão.
“Quando
próximo, finja estar longe; quando longe, finja estar próximo.”
孫子
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