sábado, 29 de setembro de 2012

Sir Isaac Tzu.


Sempre é bom lembrar que a terceira lei de Newton aplica-se às relações humanas. Até aí, nenhuma novidade – praticamente todo mundo sabe que "a toda ação corresponde uma reação" (nem sempre proporcional e nem sempre em sentido contrário, temperaria eu).

O que pouca gente sabe é que a tal lei tem continuação: "em casos de troca de forças é indiferente saber qual corpo realizou a ação e qual realizou a reação, pois as forças sempre estarão aos pares, quando existe uma ação sendo realizada sempre haverá uma reação. Que é o equivalente a dizer que não existe uma ação sem reação".

E é isso que, mais propriamente, aplica-se às relações humanas, ou seja: o ciclo vicioso de ações e reações sendo que nenhuma delas, em determinado ponto, mais se justifica.

E como parar esse ciclo? Ótima pergunta. A resposta passa pelo reconhecimento do orgulho próprio.

Ao mesmo tempo que não defendo a humildade pura e simples (porque total falta de orgulho é doentio), prego que todos que têm o orgulho exacerbado merecem o remédio certo para um certo "ajuste". O difícil é encontrar alguém, no sentido oposto, que saiba dosá-lo e bem direcioná-lo.

A lição vem com o tempo e, normalmente, é bem merecida. Para o bem e para o mal.

O problema fica mais interessante quando terceiros são envolvidos como escudos. Porque lutam uma luta que não são deles e, por consequência, não poderão entender a intensidade da reação que sofrem por uma ação que não cometeram.

Os que se prestam a esse papel – mesmo sob o pretexto de estarem sendo “diplomáticos” (o que, normalmente é falso e só serve a interesses próprios) - merecem. Porque ou são coniventes ou covardes ou ignorantes (geralmente, um mix de tudo isso).

Para finalizar, um coquetel de Newton com Sun Tzu: a reação, para ser efetiva, deve levar em conta o dano secundário, colateral que, normalmente, é mais eficaz (e perceptível) que o principal.

Um exemplo besta do dia a dia: pode-se perder inúmeras batalhas jurídicas, mas se o custo (o financeiro mesmo) gerado para a parte contrária para vencer for relevante, terá ela tido uma vitória de Pirro. Não é demais lembrar que, para aqueles que colocam o dinheiro e o poder em primeiro lugar, nada como pespegar um sangramento no bolso. Bom para quem recebe (o inocente útil).

Tudo isso pode soar amargo; mas não é. Na selva, ou se é a mão ou, o peão.

Quando próximo, finja estar longe; quando longe, finja estar próximo.” 孫子

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